quarta-feira, 28 de outubro de 2009

TRANCADO

Eu tranco a porta
Pra todas as mentiras
E a verdade também está lá fora
Agora a porta está trancada

A porta fechada
Me lembra você a toda hora
A hora me lembra o tempo que se perdeu
Perder é não ter a bússola
É não ter aquilo que era seu
E o que você quer?
Orientação?

Eu tranco a porta pra todos os gritos
E o silêncio também está lá fora
Agora a porta está trancada
Eu pulo as janelas
Será que eu tô trancado aqui dentro?
Será que você tá trancado lá fora?
Será que eu ainda te desoriento?
Será que as perguntas são certas?
Então eu me tranco em você
E deixo as portas abertas

Eu pulo as janelas
Será que eu tô trancado aqui dentro?
Será que você tá trancado lá fora?
Será que eu ainda te desoriento?
Será que as perguntas são certas?
Então eu me tranco em você
Eu me tranco em você
E deixo as portas abertas

Eu pulo as janelas
Será que eu tô trancado aqui dentro?
Será que você tá trancado lá fora?
Será que eu ainda te desoriento?
Será que as perguntas são certas?
Então eu me tranco em você
Eu me tranco em você
E deixo as portas abertas

domingo, 25 de outubro de 2009

Redenção.



..."Quando se ama alguém, ama-se, e quando não se
tem nada mais para lhe dar, ainda se lhe dá amor"... (George Orwell)

Que mera esperança se há que se dar ao mundo se o mesmo se desfizer em suas mãos?
Pode querer fazer planos, mesmo sabendo que não serão concretizados?
Pode salvar a si mesmo, se não libertar-se deste?
Pode-se caminhar estando em escuridão?
Pode-se enraizar amor plantando ódio e colhendo vento?
Será que perguntas levam a respostas?
Ou sobrevivem sob a superfície do não saber?


Um único gesto depois que tudo se acaba,
quando não se tem mais nada pra fazer é justificável?
Vale alguma coisa? Como o abraço apertado da mãe ao
proteger seu filho de uma explosão iminente?

Hj não tenho respostas. Somente a ânsia dentro do estômago de perguntas não respondidas.
De fracassos nunca superados. Hj o tempo é meu inimigo. Minhas escolhas meus carrascos.
E as minhas palavras testemunhas de atos nunca praticados. De causalidade profana. Da deusificação do ser.

Depois de matar tantos inocentes, vc se acostuma.
Depois de perder a inocência, vc tem medo. Medo da liberdade.
Você não acredita no futuro, nas pessoas, em si mesmo.

jó 8

Porque nós somos de ontem, e nada sabemos;
porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra.

Porventura não te ensinarão eles, e não te falarão, e do seu coração não tirarão palavras?

Assim são as veredas de todos quantos se esquecem de Deus;
e a esperança do hipócrita perecerá.

Cuja esperança fica frustrada; e a sua confiança será como a teia de aranha.

Hj o sol não nasceu.

Mateus 27.
Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe,
arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos,
Dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo.E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar.


Já estava morto. E nós?
Não nos sobra ao menos a coragem para um gesto final?
Quem tiver ouvidos, que ouça.
Quem Deus quiser, que perdoe.
A quem quiser e se arrepender.